Essa roda de conversa pretende explorar a relação do Círculo de Bakhtin com o marxismo, que se configura não menos interessante e polêmica do que aquela estabelecida com a lingüística, de modo que sua obra inova nos dois campos. A filosofia da linguagem bakhtiniana se apresenta como modo de compreensão e ação sobre a realidade social, com interessantes acréscimos à teoria marxista, como no tratamento da ideologia, da dialética, e dos grupos sociais.
Obs.: Utilize o link de comentários abaixo para discutir o tema dessa Roda de Conversa.
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Um comentário:
Até que ponto podemos colocar a filosofia bakhtiniana como de base marxista?
- Penso ser difícil pensar as raízes de Bakhtin no materialismo histórico, entendo o materialismo histórico como ponto de partida, considerado o contexto da época e sua condição nesse contexto.
- Bakhtin ao conceber a realidade como contraditória e em permanente transformação, fez da dialética seu método na construção de seu fundamento teórico. Sua dialética é dialógica vinculada com a totalidade, com a história, com a interação social. Sua visão de mundo é pluralista e polifônica. Dessa forma, ao privilegiar uma visão comunitária da dialética social, afasta-se significativamente do marxismo, que dá ênfase à determinação econômica.
-Algumas passagens por seus pensamentos somam-se a essa posição, na Estética, principalmente, o 2o cap, as idéias de Bakhtin mostram como fica difícil aceitar suas concepções fundadas no materialismo histórico.
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